Banco do Brasil anuncia nova reestruturação
Organização do trabalho
O Banco do Brasil anunciou no último dia 29 de julho um novo plano de reestruturação que envolve funções, agências e departamentos. Além do chamado redimensionamento da estrutura organizacional, serão criadas 42 novas agências empresas e uma unidade de inteligência artificial, 333 agências serão transformadas em Postos de Atendimento Avançado (PAA) e outros 49 PAAs em agências.
Para “otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e de excessos nas unidades”, o Conselho de Administração aprovou o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), que inclui um Plano de Desligamento Incentivado (PDI). Quem pode aderir ao PDI: todos os funcionários; exceto aquele que se enquadra numa das três seguintes situações: “estiver no Quadro Suplementar (QS), tenha solicitado dispensa da função após a divulgação do PAQ, ou funcionário pertencente ao público-alvo do Programa de Alternativas para Executivos em Transição (PAET)”. Cabe destacar que a adesão só será efetivada, no caso de escriturário e/ou caixa, se existir excesso no município; para função comissionada, é necessário que exista excesso do cargo na própria unidade.
E mais: para o escriturário e/ou caixa que não esteja em excesso, porém deseja se desligar, “foi criada a possibilidade de Remoção Especial pelo SACR, a qual possibilita que um funcionário que esteja em excesso concorra para o lugar daquele que quer optar pelo desligamento, mas não se encontra nessa situação”. A mesma lógica se aplica ao detentor de função, através da Movimentação Especial pelo TAO. Para quem aderir ao PDI será pago indenização pecuniária de até 9,8 salários.
Federação participa de reunião com DIPES
A representante da Federação dos Bancários de SP e MS na mesa de negociação com o BB, Elisa Ferreira, participou de videoconferência com a DIPES, a partir da GEPES Campinas. Os representantes dos trabalhadores reivindicaram VCP para caixa, maior prazo para o funcionário decidir sua adesão ao PDI e que as homologações sejam realizadas nos sindicatos. Antes de apresentar as reivindicações, os sindicatos repudiaram a forma em que o BB decidiu implantar a reestruturação. Ou seja, unilateral, sem negociação com os sindicatos.
Para Elisa Ferreira, “o plano de reestruturação resulta, ao mesmo tempo, em redução de postos de trabalho via PAQ e salários via reclassificação das unidades de negócios. Sem falar que, novamente, os caixas foram prejudicados, com redução significativa de postos de trabalho. Em outros termos, o BB optou em reduzir o número de bancários e oferecer serviços com subsidiárias, terceirizadas e correspondentes bancários. Em resumo, é a precarização do trabalho”.
FONTE: Reginaldo Lourenço Breda (secretário-geral da FEEB/SP-MS) e Davi Zaia (presidente da FEEB/SP-MS)