Mediante pressão de Bolsonaro, plano de ‘reestruturação’ do BB pode ser revisto
ARAÇATUBA (14/JANEIRO/2021) – O Banco do Brasil (BB) avalia a possibilidade revisar o seu plano de reestruturação, que prevê um programa de demissão voluntária de cinco mil funcionários e o fechamento de 361 postos de atendimento. O recuo teria sido provocado por pressão do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). A informação é do jornal Folha de São Paulo, publicada na tarde desta quinta-feira (14).
De acordo com o jornal, o recuo é visto apenas como hipótese, pois o presidente não teria feito exigências à instituição e buscava a via mais radical, como a demissão do presidente do BB, André Brandão. A diretoria do banco prevê que ajustes no plano de reestruturação têm de ser compensados com o corte de despesas em outras áreas.
Na quarta-feira, Bolsonaro ameaçou demitir Brandão, mas a iniciativa teria encontrado a oposição dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura), e também do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A fúria do presidente teria sido provocada pelo fechamento dos 361 postos de atendimento e demissão de cinco mil funcionários.
A Folha também apurou que Brandão está convicto da necessidade de se colocar em prática o plano da forma como foi anunciado, com demissões e fechamento dos postos de atendimento. Segundo pessoas próximas, o executivo teria afirmado que já esperava reação política e que não tem apego ao cargo. Paulo Guedes apoia o plano elaborado por Brandão.
Nesta quinta-feira, a diretoria do BB distribuiu nota negando a demissão do presidente da instituição, conforme noticiado por alguns veículos de comunicação no dia anterior. A nota, assinada pelo vice-presidente de gestão financeira, Carlos José da Costa André, redigida também em inglês, tem como objetivo acalmar o mercado financeiro. Veja abaixo a íntegra da nota:
FONTE: Folha de São Paulo
TEXTO EDITADO: Assessoria de Imprensa do Seeb-Araçatuba (SP)