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Funcionários montam comitê em defesa do Banco do Brasil

SÃO PAULO (28/06/2022) – O papel do Banco do Brasil na reconstrução do País foi um dos temas em destaque no 33° Congresso Nacional dos Funcionários do BB (CNFBB), entre 8 e 10 de junho, e resultou na criação de um Comitê Nacional de Luta em defesa do BB e pelo seu fortalecimento como instituição pública.

“Além da renovação do Acordo e das discussões de adoecimento como consequência das condições de trabalho, o Congresso concentrou boa parte das discussões no papel do BB público e da sua importância na reconstrução do país”, explica Elisa Ferreira, representante da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul na Comissão de Empresas dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB).

O papel do Comitê Nacional de Luta será defender o BB, a implantação de um programa de governo que tenha o banco como centro de políticas de incentivo ao crescimento econômico, de apoio à agricultura familiar e empresarial, de financiamento às micro e pequenas empresas, de desenvolvimento regional com redução das desigualdades sociais e regionais.

PROPOSTAS
Confira algumas das propostas, aprovadas no 33º CNFBB, para recuperar o papel do BB como banco público voltado para o desenvolvimento sustentável do país:

– O acionista controlador deve orientar claramente o banco a atuar como indutor do desenvolvimento, participando de todos os segmentos da atividade bancária, mas priorizando a concessão de crédito para a agricultura familiar, para as micro, pequenas e médias empresas, agindo para reduzir as desigualdades sociais e regionais e para integrar ao sistema bancário os milhões de cidadãos excluídos.

– É preciso rever a estratégia corporativa do BB, para que o banco não esteja voltado somente para perseguir a lucratividade dos bancos privados e distribuir dividendos, uma vez que terá de cumprir a função social e pública para a qual foi criado. Definir novos parâmetros de taxa de retorno e remuneração aos acionistas.

– O BB deve exercer papel de liderança no financiamento à adoção de práticas socioambientais sustentáveis, fundamentais para estancar a catástrofe climática anunciada, rumo a uma economia de baixo carbono.

– Financiar atividades que privilegiem o desenvolvimento regional sustentável, com acompanhamento e orientação técnica com instituições públicas. Incentivar projetos e programas de arranjos produtivos locais, adensamento das cadeias produtivas e desenvolvimento regional sustentável.

– Rever o plano de capital para ampliar a oferta de crédito de maneira segura e sustentável.

– Alterar a estrutura administrativa para assegurar controle e participação social e articulação com o poder público. Podem ser criados comitês de sustentabilidade e comitês consultivos com a participação de representantes da agricultura familiar, de micro, pequenas e médias empresas, microempresários individuais e arranjos produtivos locais, de maneira a aproximar o banco da população e agentes econômicos que deve atender.

– Aumentar a oferta de crédito para a agricultura familiar, para a produção de alimentos de primeira necessidade e orgânicos, firmando parcerias para orientação e assistência técnica com instituições públicas.

– Ampliar a oferta de microcrédito produtivo orientado, aproveitando experiências exitosas de outros bancos públicos, com programas e operações de crédito direcionados a micro e pequenas empresas e microempresários individuais.

– Ampliar o financiamento a cooperativas de produção rural, industrial e comercial e de oferta de serviços.

– Atuar como indutor da redução do spread bancário e das taxas de juros dos empréstimos concedidos às pessoas físicas e jurídicas.

FONTE: Feeb-SP/MS.

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