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Cartilhas de combate à violência de gênero fortalecem proteção e apoio às mulheres

SÃO PAULO (27/MARÇO/2024) – Representantes do Comando Nacional dos Bancários e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) se reuniram na segunda-feira (25/03) para o lançamento de duas cartilhas de combate à violência de gênero: “Sexo Frágil – Um manual sobre a masculinidade e suas questões” e “Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres”.

Os materiais fazem parte do Programa Nacional de Iniciativas de Prevenção à Violência Contra a Mulher, que busca a conscientização e o combate à violência de gênero, lançado em 2023 e considerado conquista das bancárias na luta contra o assédio no ambiente de trabalho e na sociedade. O projeto contou com organização da Me Too Brasil, do Instituto Maria da Penha e do Instituto Papo de Homem (PDH).

Para o movimento sindical, a conquista é a consolidação do avanço da luta das bancárias frente à defesa da igualdade de gênero e contra o assédio. “As publicações fazem parte de diversas conquistas obtidas em mais de 20 anos de reivindicações do ramo financeiro, no âmbito da mesa Igualdade de Oportunidade”, avalia o movimento sindical bancário. “Para nós do movimento sindical é a concretização de uma busca por respeito e igualdade que não começou ontem, mas no caso dos bancários, em cada convenção coletiva negociada. É uma realização!”, comemora Ana Stela Alves de Lima, representante da Feeb SP/MS no Comando Nacional.

A publicação “Sexo Frágil – Um manual sobre a masculinidade e suas questões” foi desenvolvida pelo Instituto Maria da Penha (IMP) e Virtus – Defesa Social, Segurança Pública e Direitos Humanos. Enquanto a cartilha “Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres”, escrita por Viviana Santiago, foi desenvolvida pelas organizações Papo de Homem e Instituto PDH.

HISTÓRICO
Em 2022 foi assinada entre os trabalhadores, o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban, a cláusula 86 da Convenção Coletiva de Trabalho. “Essa conquista possui importância singular porque extrapola as relações laborais dentro do local de trabalho para o âmbito da sociedade”, explica a representante. Durante o lançamento, o presidente da Febraban, Izaac Sidney, lembrou de outro relevante momento, a assinatura junto com as entidades representantes dos bancários, em março de 2020, do documento que institui ações preventivas em combate à violência e o assedio. “A partir daí os bancos passaram a fazer treinamentos com seus funcionários sobre todo tipo de violência contra a mulher, canais de apoio às vítimas foram criados, e ainda instituídas medidas protetivas, entre elas, a transferência de local de trabalho quando necessário à proteção. “Um grande exemplo positivo adicionado, inclusive, à convenção da OIT”, pontua Ana Stela. O presidente mencionou, ainda, o convite do governo para composição do grupo de trabalho interministerial para transparência na igualdade salarial e reiterou o compromisso com a causa.

Clique para ler:
Sexo Frágil – Um manual sobre a masculinidade e suas questões
Como conversar com homens sobre violência contra meninas e mulheres

Veja a seguir, as principais conquistas das bancárias na CCT da categoria:

2000: Inclusão do tema igualdade de oportunidade nas mesas de negociação;
2009: Licença-maternidade de 180 dias e extensão de direitos aos casais homoafetivos;
2010: Inclusão da cláusula que criou o programa de combate ao assédio moral;
2016: Licença-paternidade de 20 dias;
2020: Programa de prevenção à violência contra a mulher bancária, no âmbito doméstico e familiar, incluindo a criação de canais de acolhimento, orientação e auxílio às mulheres em situação de violência doméstica e familiar;
2022: Cláusula que criou o programa de combate ao assédio sexual.

Capa da cartilha desenvolvida pelo Instituto Maria da Penha (IMP) e Virtus – Defesa Social, Segurança Pública e Direitos Humanos

FONTE: Assessoria de Comunicação da Feeb SP/MS

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