21 de janeiro: Dia Nacional de Luta contra a ‘reestruturação’ do Banco do Brasil
ARAÇATUBA (20/JANEIRO/2020) – Funcionários do Banco do Brasil farão nesta quinta-feira (21) o Dia Nacional de Luta contra o plano de ‘reestruturação’ proposta pela direção do banco. A ‘reestruturação’ prevê o fechamento de 361 postos de atendimento e além da demissão de cinco mil funcionários, entre outras medidas. O Dia Nacional de Lutas é uma das iniciativas aprovadas ontem (19/01) em reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB). Também está sendo proposta uma paralisação nacional dia 29.
O Dia Nacional de Lutas consiste em mobilização nas redes sociais, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens. O calendário de mobilização se estende até o dia 28 deste mês. “Entre 21 e 28 de janeiro, as entidades sindicais manterão as mobilizações permanentes nos locais, com plenárias, reuniões nos locais de trabalho, ações nas mídias sociais, buscando apoio da sociedade e tornar público os ataques do governo federal ao Banco do Brasil e aos seus funcionários”, explicou Jeferson Boava, presidente da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb/SP-MS).
A CEBB sugeriu aos sindicatos que participem da mobilização e façam assembleias de base para a decretação do estado de greve. A indicação da CEBB é que no dia 29 seja realizada uma paralisação nacional de 24 horas. No dia 29, está programada também uma atuação organizada nas mídias sociais e o uso de roupas pretas pelos funcionários. Na sexta-feira (15), os sindicatos filiados à Feeb/SP-MS fizeram manifestação contra a reestruturação. Em Araçatuba, o sindicato retardou em uma hora a abertura de duas agências com o objetivo de chamar a atenção da população para o problema.
MINISTÉRIO PÚBLICO – Também será acionado o Ministério Público do Trabalho para a obtenção de informações sobre a reestruturação. “Já solicitamos ao banco informações sobre agências, locais e postos de trabalho que serão extintos. A transparência, que deveria ser norma, inexiste, por isso não restará solução que não solicitar junto ao Ministério do Trabalho mediação”, informou o presidente da Federação dos Bancários.
A garantia de direitos dos funcionários também é preocupação para os funcionários. “Vamos também lançar mão de ações judiciais para garantir ao bancário direitos básicos, como garantia à estabilidade financeira para quem recebe gratificação/comissão por longo período (nos termos da súmula 372/TST); manutenção do salário para quem teve o cargo renomeado, porém continua com idênticas atividades, havendo ilegalidade no rebaixamento salarial e o não desconto em conta corrente de valores relativos a bolsa de estudos”, completa Boava.
FONTE: FEEB-SP/MS – Texto editado pela assessoria de Imprensa do Seeb-Araçatuba